terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vou de partida




Vou de partida
procurar mudança
as mãos vazias
de lembrança
e a dor
de amor ausente
no silêncio caminhante

Vou de partida
repartindo
meu presente
pelas coisas do passado
No bornal apenas
alguns poemas
por fazer
e o desejo
de vencer.

O que importa é partir
caminhar, conhecer,
descobrir
O que importa é comer
o pão e a água
do viajante
ser vagabundo
e português

Vou de partida
procurar mudança.



No Princípio Era o Mar, p.49